Não sei se 2017 foi
diferente, se aprendi alguma coisa, se tive mais sucessos ou mais crises que
nos anos anteriores.
Os dias são sempre novos
mesmo que não pareçam, na verdade o presente sempre parece que são os mais ‘alguma
coisa’ de toda a nossa vida, principalmente no que tange às dificuldades; foi
difícil, mas pela proximidade não podemos dizer o quão difícil. Verdade que foi
duro e assim se valoriza mais nossas pequenas vitórias, ou simplesmente o fato
de estarmos de pé para lutar o próximo ano.
A logística evoluiu pouco,
quase nada na verdade, a tecnologia não parece tão ‘smart’ ou tão ‘portable’ em 2017
ou no ano anterior ou no próximo; como os nossos caminhões, nosso negócio não
corre tanto quanto a inovação de outros mundos. Admita, não somos assim...
modernos.
Está clara, porém, a tendência:
a inovação não vai pular para robôs (que virão para atividades repetitivas em países
de primeiro mundo primeiro), não haverá investimentos de milhões em automação.
A inovação vem com processos, sistemas e inteligência nada artificial e toda
digital.
Enquanto os profissionais de
logística estavam concentrados em custos e processos da cadeia, a Amazon nos
libertava da falta de imaginação. É um tanto embaraçoso que aprendamos de nosso
negócio com um povo que começou há poucos anos (1994, quase ontem) vendendo livros.
Eles nos desafiam a repensar que talvez a integração não é o principal ponto,
ou que o custo do transporte da cadeia não são necessariamente o fator que
determina o lucro ou a falta dele.
Olha que o negócio deles é - colocar
produtos comuns na casa de pessoas comuns no prazo e acuracidade contratados - qualquer semelhança com a logística clássica
não é coincidência. O que não coincide é o fim, aqui justifica o meio, ou seja,
não importa onde se armazena, ou se o produto vai do rack à doca no tempo
certo, e depois o caminhão chega na hora (qual hora?) para coletar, se vai pro
hub 1 na hora (qual hora?), e depois se vai de FTL e depois se chega por last
(but not least) mile ao cliente final na hora (definitivamente qual hora?).
Mais importante que pensarmos
em robôs que encaixam produtos no armazém, é repensar a finalidade da
Logística, e deixar de fazer de conta que o que conta é o cliente.
Esse negócio como conhecemos,
fazia algum sentido para o mundo B2B e agora no mundo de todos os meios de
venda e entrega, o consumidor passou de fato ao status de ‘decion maker’, de
cliente. Ele ou Ela vai determinar quem vive e quem morre em nosso negócio. Literalmente
temos que pensar fora da caixa, ou estaremos fadados a estar segurando um
aparelho de fax quando whatsapp da logística chegar.
Repense no difícil 2018,
inove si mesmo antes que o cliente nos coloque dentro da caixa, nos libertemos
da cadeia de suprimentos!
Obrigado ao improvável
leitor, aqueles que nesses 5 anos deram a esse blog o improvável número de 50
mil cliques!
Um ótimo 2018!
Douglas
Feliz 2018 amigo!
ResponderExcluirDouglas, acredito que sua reflexão é perfeita para os que tem a função de pensar a Logística em suas organizações em 2018. Obrigado por compartilhar essas reflexões com todos. Forte abraço.
ResponderExcluirWesley Medeiros
Muito interessante a provocativa do artigo. Pensar em um supply chain focado em melhorar a experiencia do cliente vai realmente muito alem do que se pratica convencionalmente. Well done! Feliz 2018! Sheila Taboada
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