Pular para o conteúdo principal

Carregando o Caminhão!


Perto de completar 30 anos, transportando coisas por ai, acabei acumulando histórias que acho que vale a pena dividir com o pessoal que está nessa vida dura.
Acho que quis começar o blog quando notei que nos congressos, salas de aulas, e BIDs, os cabelos brancos de sempre estavam dando lugar a uma nova gente nova. Uma garotada ansiosa (os "X,Y, Millennium's" da vida nova), procurando encaixar seus MBAs mais rápido que qualquer caminhão.
Não quero ensinar como se faz Logística ou administrar a própria carreira, tão pouco dizer que só é bom o povo do tempo em que motorista de caminhão sabia trocar pneu; mas se a experiência é uma estrada longa e com pouco asfalto, saber dos buracos, ou por onde começar uma pesquisa talvez possa ajudar a tornar a carga mais leve.
Bom... vamos lá, a proposta aqui é mandar aos de pouco juízo que resolveram trabalhar com Logística: histórias, artigos que publiquei, material de aula e pesquisas, e também experiências boas (e outras nem tanto) com gestão de pessoas, tempo e negócios;  lições que tentei aprender com mestres da academia e da estrada que conheci; cargas acumuladas de um sobrevivente, com uma pitada de filosofia rasteira.
Numa era de comunicação de qualquer jeito e pouco preço, é preciso saber separar informação não reciclável do que faz alguma diferença. Espero que esse Transtorno ajude.
Tomara que gostem!
Um abraço e um obrigado ao improvável Leitor!
Douglas Tacla

Postagens mais visitadas deste blog

Um aspecto da logística ponta a ponta que poucos veem

Se pensarmos em uma verdadeira logística ponta a ponta, tem uma etapa que poucos conseguem ver. Vamos exemplificar com um caso clássico: o produto sai de uma fábrica em algum lugar da China para a sua casa em São Paulo. Claro, Logística totalmente integrada planejada e executada pela Maersk (#alltheway) De uma fábrica em uma cidade do interior da China, para um Centro de Consolidação e Distribuição (DC), container carregado vai para um depósito de containers (Depot), e então para o porto de Xangai, e aguarda o momento para ser carregado em um Navio para Itapoá em Santa Catarina/Brasil (baita incentivo fiscal que justifica o acréscimo de transporte), de lá vai para um Depot, aguarda o desembaraço, descarregado e vai ao piso, a carga então é consolidada (ainda no Depot), carrega em caminhão, aí pode ir direto ao DC em São Paulo, ou ao um retailer; ou ainda para um DC próximo ao porto, e então ao DC de um retailer, daí para um Cross-docking (ou um DC de passagem), e então para a sua casa.

A Logística das Formigas: Coisa de Gente Grande

Muitas vezes as pessoas, que trabalham com Transporte de Cargas, não acreditam em roteirizadores ou ferramentas de otimização, bem no fundo não acreditam. Todos conhecem e por ser politicamente correto dizem: “claro, sei..... muito bom, mas para garantir é melhor ter um cara bom para conferir e acertar as diferenças pra realidade”. Mais que conhecimento da ferramenta ou princípio, para o pessoal mais experiente, falta crença. Quando a ferramenta não funciona, ela não foi escolhida corretamente ou as premissas aplicadas (ou restrições) não foram modeladas adequadamente. Acredite, funciona (aprendi da pior forma: otimizaram minha rota!!!!). Se você tem alguns caminhões em rotas e motoristas fixos, o roteirizador ou algoritmos não melhoram sua vida; mas imagine centenas de caminhões em rotas variáveis em entregas e coletas (eu disse “e”, e não “ou”), o melhor “cara experiente” não resolve. Imagine agora um formigueiro, não tem um “cara” lá. As formigas saem do form

Tecnologia sem competência não vale nada

Tecnologia sem competência não vale nada.  A tecnologia acomodou as pessoas, complexou os processos e de tal forma massificou o básico, que ficou difícil fazer simples.  A tecnologia é a evolução da espécie humana, os avanços que a humanidade conseguiu  nas últimas 5 décadas é maior que toda a evolução até então em toda a história.   Os dois parágrafos anteriores não são contraditórios. A questão é que as pessoas que usam a tecnologia estão distantes da ciência que as desenvolveu; as pessoas buscam os benefícios das maravilhas modernas e não como usá-las bem, muito menos em aprender como.  Quando o cérebro era mais importante que o dedo que domina o botão, era preciso ter habilidades, esforço real e competência na arte de realizar. Era preciso pensar.    As melhores empresas são as que tem processos eficientes e pessoas eficazes para aplicação plena da tecnologia.  Tecnologia é meio e não fim. É investimento e não custo, simplificação e otimização do resultado, e nã